Picos | Profissionais do hospital regional estariam dopando pacientes para poderem descansar por mais tempo
Carmo Neto em 03 de setembro de 2020
A direção do Hospital Regional Justino Luz, em Picos, vai abrir sindicância para investigar denúncias de que profissionais de saúde estão dobando pacientes para terem mais tempo de descanso durante a noite.
O portal Cidadeverde.com teve acesso as denúncias que vieram à tona através de um comunicado interno feito pelas coordenações de UTI e do Pronto Socorro e enfermarias Covid-19 do hospital.
No documento, emitido no último dia 31 de agosto, as coordenações destacam que as denúncias foram feitas pelos próprios pacientes conscientes e orientados e por outros profissionais.
“Houve denúncias dos próprios pacientes conscientes e orientados e de outros profissionais de que os pacientes estão sendo dopados durante a noite para que haja um tempo de descanso maior”, diz o comunicado ,que alerta ainda que todos sabem da divisão de horários para o plantão de 12 h que o descanso previsto em lei é de 1 hora.
As coordenações também afirmam que os profissionais passam horas no celular deixando setores descobertos. Câmeras de segurança teriam flagrado a situação.
O Cidadeverde.com tentou falar com a diretoria geral do Hospital Regional Justino Luz, Samara Sá. Através da assessoria de imprensa, a direção geral da unidade de saúde informou que hoje à tarde haverá uma reunião para definir as medidas que serão adotadas em relação aos profissionais. O hospital abrirá sindicância para investigar as denúncias.
“Os profissionais de saúde serão chamados para esclarecer, cada um com sua denúncia específica e a assessoria jurídica irá definir as punições dos funcionários”, informou a assessoria.
O Cidadeverde.com tentou falar com as duas enfermeiras que receberam as denúncias, mas não conseguiu. O portal fica aberto para qualquer esclarecimentos.
Portaria proibindo atos íntimos
Este ano, o hospital se envolveu em uma discussão por baixar portaria proibindo a prática de “atos íntimos” entre servidores e prestadores de serviços nas dependências da unidade de saúde. A decisão foi tomada após a direção receber denúncias anônimas relacionadas à pratica de atos íntimos entre profissionais.
Via Cidade Verde