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Servidores dos Correios no Piauí decidem pela continuidade da greve

Devido ao não atendimento das exigências da categoria pelos Correios, os trabalhadores decidiram manter as atividades paralisadas.

em 03 de maio de 2017

Em reunião realizada na tarde de hoje (2), o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Piauí decidiu pela continuidade da greve no Piauí. Segundo informações do presidente do Sindicato, José Rodrigues, devido ao não atendimento das exigências da categoria pelos Correios, os trabalhadores decidiram manter as atividades paralisadas.

Entre as reivindicações da categoria estão: a garantia do funcionamento dos Correios sem demissões de funcionários, suspensão da decisão de fechamento de agências dos Correios, suspensão das novas implantações de medidas operacionais como a distribuição domiciliária alternada, garantia de férias dos trabalhadores em 2017, entre outros fatores.

“Essa medida de distribuição domiciliária alternada precariza os serviços e atrasa a entrega das correspondências. Além disso, nós queremos a garantia das férias dos trabalhadores, porque os Correios haviam suspendido as férias em 2017. Nada disso foi atendido, então a greve continua”, esclarece o presidente do Sindicato.

De acordo com a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) adesão à paralisação envolve carteiros, atendentes, administrativos, técnicos e trabalhadores de nível superior.

Contraponto

Os Correios informaram em nota que voltaram atrás em relação à decisão de suspender as férias dos trabalhadores. A empresa prevê a revogação da medida por 90 dias e argumenta que pagará até R$ 3,5 mil para os empregados que forem tirar férias em maio, junho e julho. O restante dos valores será parcelado.

A estatal também disse que vai descontar as faltas dos funcionários na última sexta-feira (28) e exigirá compensação dos funcionários que faltaram nos últimos dias.

Quanto ao plano de saúde, os Correios propõem que os sindicatos apresentem uma contraproposta. Caso haja acordo, os Correios retirarão a solicitação de mediação que haviam feito junto ao Tribunal Superior do Trabalho (TST).

A empresa alega ainda que nos últimos dois anos, os Correios apresentaram prejuízos que somam, aproximadamente, R$ 4 bilhões. Desse total, 65% correspondem a despesas de pessoal.

Veja nota na íntegra:

Os Correios aguardam, nesta terça-feira (2), o resultado das assembleias dos trabalhadores, que decidirão se continuam ou encerram a paralisação parcial iniciada na última quarta-feira (26/4).

Ontem (1º), o presidente da empresa, Guilherme Campos, reuniu-se com as representações sindicais para tentar chegar a um consenso.

Proposta – O acordo prevê a revogação, por 90 dias, da medida que suspendeu as férias dos empregados, e das novas implantações de medidas operacionais como a Distribuição Domiciliária Alternada (DDA), CDD centralizador, entrega matutina e Organização das Atividades Internas (OAI). Tais medidas serão negociadas em comissão a ser formada com essa finalidade.

Quanto ao plano de saúde, os sindicatos poderão apresentar uma contraproposta. Caso haja acordo com a empresa, os Correios retirarão a solicitação de mediação que haviam feito junto ao Tribunal Superior do Trabalho (TST).

Com relação aos dias parados, a empresa irá realizar o desconto referente à sexta-feira (28). Os outros dois dias serão compensados pelos trabalhadores.

Situação financeira – Nos últimos dois anos, os Correios apresentaram prejuízos que somam, aproximadamente, R$ 4 bilhões. Desse total, 65% correspondem a despesas de pessoal.

Os Correios esperam que os trabalhadores tenham bom senso na avaliação da nova proposta e encerrem a paralisação parcial, de forma a não prejudicar, ainda mais, a sustentabilidade da empresa, os próprios trabalhadores e suas famílias e a sociedade brasileira.

Edição: Nayara Felizardo/ Portal O Dia
Por: Nathalia Amaral

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