No Piauí, foram presos suspeitos que falsificavam documentos para sacar dinheiro de vítimas em bancos
Isadora Freitas em 17 de outubro de 2019
Quatro pessoas foram presas suspeitas de roubar dados de clientes de bancos para roubar o dinheiro das contas, fazendo os saques em agências do interior do Piauí. Os agentes do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco), da Polícia Civil, apreenderam um computador com dados de mais de 5 mil correntistas de vários bancos, contendo até senhas bancárias e o valor que as vítimas tinham nas contas.
As prisões aconteceram na manhã desta quarta-feira (16) no bairro Cabral, no Centro de Teresina. Os presos foram identificados como Deividi Rodrigues de Oliveira, Franciel Arnaud Pinto e Rodrigo Cunha das Neves, os três naturais do Pará, e Nayza Regina dos Santos Câmara, do Maranhão.
Suspeitos teriam feito as falsificações em apartamento no Centro de Teresina — Foto: Rafaela Leal/ G1
Segundo o delegado Thales Gomes, coordenador do Greco, os suspeitos usavam documentos originais para a fraude. Utilizando ferramentas simples, como estiletes e esponjas para lavar louça, para raspar os dados dos documentos. Depois, imprimiam os dados dos donos das contas bancárias no mesmo papel e colavam a foto de dois deles.
“Com a documentação, eles iam até as agências bancárias no interior do estado, efetuar saques, e retornavam para Teresina”, contou o delegado Thales Gomes. Os suspeitos teriam optado por sacar em bancos do interior por acreditar que haveria menor vigilância policial e nas agências.
A Polícia conseguiu reunir provas da passagem do grupo pelas cidades de Campo Maior, Piripiri, Altos, Floriano e José de Freitas. Os suspeitos faziam de quatro a seis saques por dia.
Policiais apreenderam celulares, computadores, impressora e outros equipamentos em endereço no Centro de Teresina — Foto: Rafaela Leal/G1
Dezenas de documentos falsos, dados de contas correntes e o material usado para falsificar documentos foram apreendidos no apartamento no bairro Cabral, no Centro de Teresina. De acordo com a investigação, os suspeitos chegaram em Teresina há cerca de dois meses, hospedados em um endereço na Zona Sul de Teresina. Dias depois, mudaram-se para o endereço no Centro e eram acompanhados pela Polícia há quinze dias.
Os suspeitos devem responder pelos crimes de organização criminosa, uso de documentos falsos e estelionato. A Polícia ainda trabalha para analisar o material apreendido e contabilizar os prejuízos que teriam sido causados pelo grupo.
Fonte: G1