Polícia Civil de Floriano investiga mulher suspeita de avisar sobre blitz da PRF em grupo de WhatsApp
Ato é crime e está previsto no artigo 265 do código penal, consistindo em atentado contra a segurança de serviço de utilidade pública.
Isadora Freitas em 18 de setembro de 2019
Uma mulher de 49 anos, não identificada, está sendo investigada pela Polícia Civil de Floriano suspeita de avisar repetidas vezes sobre ações de fiscalização da Polícia Rodoviária Federal realizadas entre o Piauí e o Maranhão. Segundo o delegado Bruno Ursulino, que instaurou o inquérito nessa terça-feira (17), ela deverá ser indiciada.
Bruno Ursulino disse ao G1 que a mulher estava em um grupo de WhatsApp e, repetidamente, avisava sobre as blitz feitas na ponte que liga as cidades de Barão de Grajaú (MA) e Floriano.
“Das últimas vezes a gente percebeu que o movimento diminuía drasticamente muito rápido, reduzindo a vida útil da blitz. Ela mora muito perto do local da blitz e ficava avisando, enviando fotos, dizendo que havia começado. As pessoas pediam para avisar quando a blitz terminava e ela avisava”, contou.
Segundo ele, a mulher foi intimada e negou o crime inicialmente, mas diante dos prints das mensagens, confessou.
“A maioria das pessoas não faz por maldade, às vezes só quer avisar um amigo ou familiar que está com um documento atrasado e não quer ter seu veículo apreendido. Mas é preciso que entendam que isso pode avisar bandidos armados, pode facilitar o tráfico de drogas, pode gerar um mal maior”, declarou.
Ato é crime
O delegado explicou que o crime está previsto no artigo 265 do código penal, e consiste em atentado contra a segurança de serviço de utilidade pública
Incorre no crime quem: “atentar contra a segurança ou o funcionamento de serviço de água, luz, força ou calor, ou qualquer outro de utilidade pública”. A pena é de reclusão, de um a cinco anos, e multa.
Após a conclusão do inquérito, se a mulher for indiciada, o caso será remetido ao Ministério Público e então à Justiça, que determinará a pena.