Publicitários piauienses conquistam ‘Leão de Ouro’ em Cannes; campanhas pretendiam desmistificar ações relacionadas às mulheres; confira!
As premiadas campanhas com a participação dos publicitários envolvem ações para desmistificar preconceitos contra as mulheres; uma, em relação ao gosto por futebol (Heineken); e outra para apresentar a diferença da valorização profissional feminina, apresentando um ranking adaptado com até 21% a menos de ganho para milionários caso estes fossem mulheres (Forbes).
Sarah Maia em 20 de junho de 2017
O publicitário piauiense Samuel Normando, que integra o casting da agência Publicis Brasil, em São Paulo, conquistou ontem a noite o prêmio Leão de Ouro em Cannes, na França
O comercial é o filme mais visto da Heineken no mundo e é uma ação feita pela marca durante a final da UEFA Champions League, no ano passado, conseguindo o feito de atacar um dos estereótipos do mercado, promovendo o empoderamento feminino ao mesmo tempo em que dá uma “lição” aos homens. Na criação feita pela agência Publicis Brasil, homens são surpreendidos quando “despacham” as suas mulheres para um fim de semana no spa para assistirem à final da Champions em um evento exclusivo da marca, em São Paulo.
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Já o também publicitário piauiense Phylippe Moura, é um dos redatores, ao lado de Guilherme Moreira e Marcos Botelho, da campanha da Forbes Brasil, nomeada “Mulheres Forbes” e feita pela Ogilvy Brasil, que conquistou ontem 2 ouros e 2 shortlist no Cannes Lions. Na campanha, foram criadas três versões femininas de importantes personalidades do mundo dos negócios, para mostrar o quanto estes homens teriam ganhado a menos caso tivessem nascido mulher. Billie Gates, Carla Slim e Marcia Zuckerberg fazem uma comparação com a posição de cada empresário e sua versão mulher, caso ela fosse real, na lista dos mais ricos.
Billie Gates, por exemplo, aparece na posição 4 da lista, chamando a atenção para o fato de que nos Estados Unidos Bill Gates teria ganhado 21% a menos caso fosse mulher. Bill Gates é o número 1 da lista da Forbes. Outra personagem fictícia, criada pela campanha, é Carla Slim, uma alusão ao milionário mexicano Carlos Slim, número 6 da lista da Forbes. No México, Slim teria ganhado 17% a menos caso fosse mulher, passando assim para o posto de número 10 da lista. O terceiro personagem fictício é Marcia Zuckerberg – nos Estados Unidos o empresário Mark Zuckerberg teria ganhado aproximadamente 21% a menos se fosse mulher. Ou seja, não seria o número 5 da lista, mas sim a 11ª.
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