Segundo IBGE, Piauí é o segundo estado do país com a menor renda média por trabalhador
As unidades da Federação que apresentaram os melhores índices foram o Distrito Federal e o estado de São Paulo
Isadora Freitas em 21 de outubro de 2019
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), no qual mostra os rendimentos de todas as fontes de 2018, como aposentadoria, pensão de previdência pública, aluguéis, seguro-desemprego, pensão alimentícia, transferências do Bolsa Família, benefício de prestação continuada (LOAS).
No ano passado, o Piauí apresentou a segunda menor renda média real da população no Brasil, considerando-se todos os trabalhos exercidos, ficando em R$ 1.425,00, superando apenas o Estado do Maranhão, que ficou em R$ 1.188,00.
Ainda de acordo com a pesquisa, o rendimento médio real do piauiense representava cerca de 64 % do valor do rendimento médio real observado para o Brasil, que foi de R$ 2.234,00. As unidades da federação que apresentaram os maiores rendimentos médio reais do trabalho foram o Distrito Federal, com R$ 3.834,00, seguido de São Paulo, com R$ 2.876,00.
Apesar do rendimento médio do trabalho no Piauí ser o segundo menor do País em 2018, merece destaque o fato de que, na série histórica de 2012 a 2018, o Piauí foi o Estado que apresentou o maior crescimento desse rendimento no Brasil, que foi da ordem de 19,9%, tendo passado de R$ 1.188,00, em 2012, para R$ 1.425,00, em 2018.
Já o rendimento médio real da população considerando-se todas as fontes (inclui rendimento obtido pelo trabalho, bem como aqueles obtidos através de aposentadoria, Bolsa Família, Benefícios de Prestação Continuada (BPC) e outras transferências), em 2018, o Piauí apresentou o terceiro menor rendimento médio real da população no Brasil. Considerando-se os rendimentos obtidos de todas as fontes, tendo registrado o valor de R$ 1.375,00 por pessoa, o Piauí supera apenas os Estados de Alagoas, com R$ 1.343,00, e o Maranhão, com R$ 1.166,00.
O rendimento do Piauí representava cerca de 63,5 % do valor médio registrado para o Brasil, que foi de R$ 2.166,00. Os Estados que apresentaram os maiores valores de rendimento obtido de todas as fontes foram o Distrito Federal, com R$ 3.908,00, e São Paulo, com R$ 2.841,00.
Com relação à desigualdade de rendimento do trabalho medido pelo Índice de GINI, em 2018 o Piauí apresentou o segundo pior índice do País, com 0,547, só sendo superado pelo Maranhão (0,548). Para critério de comparação, a média registrada no Brasil foi de 0,509 e o Estado com o menor índice foi Santa Catarina (0,309). De 2017 a 2018 o Piauí apresentou uma piora desse indicador, tendo passado de 0,537 para 0547.
O índice de GINI foi idealizado para medir o grau de concentração de renda em determinado grupo populacional e aponta a diferença entre os rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos. Assim, pelos critérios desse índice, temos que quanto mais próximo de um mais desigual é a relação e quanto mais próximo de zero, menos desigual.
Fonte: O Dia