Acusado de estuprar a própria filha por anos é preso em Oeiras
Carmo Neto em 03 de outubro de 2020
Um homem identificado apenas pelas iniciais F.G.C, foi preso pela Polícia Civil de Oeiras, no Sul do Piauí, nesta quinta-feira (01), acusado de estuprar a própria filha desde os 13 anos de idade. As informações são do Mural da Vila. A mãe da jovem, hoje com 17 anos, procurou a polícia para denunciar o caso.
De acordo com o depoimento, os abusos iniciaram em meados do ano de 2016, e que estranhou quando a menos passou a dizer que não queria ir mais à casa do pai e que desde o início deste ano ela sempre dizia que tinha a algo a lhe falar. A mulher disse que diante disso, começou a ficar preocupada e percebia que a menor estava sem coragem, e só lhe contou dos abusos sexuais após ser encorajada pelo namorado. Conforme a vítima, em depoimento à polícia, há cerca de 10 anos os seus pais são separados e ela é filha única do casal e desde então mora com a mãe, mas que frequentava a casa de seu pai, que mora sozinho na zona rural de Oeiras, aos finais de semana e nas férias escolares.
Os abusos começaram quando ela tinha 13 anos de idade. Ela informou que o acusado dizia para mesma que o ato era bom e que ele quem tinha que tirar sua virgindade, pois se fosse outro homem iria machucá-la. Segundo a garota, ele a ameaçava para que não revelasse para ninguém.
Os abusos só acabaram no final do ano de 2018, quando a jovem decidiu se afastar e passou a não frequentar a sua casa. Já em janeiro de 2020, ela comentou com seu namorado da violência sofrida. Após isso, ele começou a encorajá-la a contar tudo para sua mãe, o que aconteceu no mês de março deste ano.
A prisão do pai foi decretada no dia 29 de setembro após o juiz Rafael Palludo verificar a gravidade do caso. O juiz destacou o fato do desvirginamento da menor, determinação de uso de medicamentos para abortar, ameaça no caso de denúncia.
Segundo o juiz, a prisão preventiva do acusado foi decretada para a garantia da ordem pública, ‘tendo em vista que o perigo gerado pelo estado de liberdade deste, revela-se não só pela violência empregada, mas também pela necessidade de se salvaguardar a vítima do convívio com o mesmo e para evitar a perpetuação de outros delitos dessa natureza’, diz trecho da medida.
Na dedisão, o juiz cita a conduta e periculosidade do acusado e tendo em vista a forma como a violência aconteceu, consubstanciado em estupro de vulnerável, cometido em ambiente familiar, contra sua própria filha, mediante ameaça e prevalecendo-se da relação de subordinação da vítima e sua vulnerabilidade, como os graves determinantes para o mandado de prisão.
Via Meio Norte