Após derrota do Brasil presos fazem rebelião na penitenciária de Picos
Os detentos que estavam assistindo à partida, se revoltaram com o resultado e iniciaram um motim. Eles queimaram colchões e só foram controlados após a chegada da Polícia Militar.
Cleiton Jarmes em 10 de julho de 2014
O diretor do presídio, Sinval Hipólito, relatou que a crise se iniciou no pavilhão C e os líderes da rebelião foram transferidos para o presídio de São Raimundo Nonato.
“Eles ficaram revoltados e queimaram os próprios colchões. Eu acionei a Força Tática da PM que deu apoio. Conversei com eles da passarela e pedi para que os que não tivessem participação entrassem em suas celas”, descreve o diretor.
Segundo Hipólito, 15% dos detentos do pavilhão participaram do ato e oito deles – todos com passagem por tráfico de drogas – foram advertidos e encaminhados à penitenciária de São Raimundo Nonato. O presídio de Picos tem capacidade para 144 presos, mas atualmente abriga 391, quase o triplo do total.
“Aqui nós estamos sempre atentos e negociamos com os presos. Aqui eles podem fazer cultos, atos católicos, têm aulas, fazem artesanato em madeira, fabricam mini paredões e sempre têm acesso à direção. O que aconteceu ontem foi organizado por uma minoria que queria fazer baderna”, explicou o diretor.