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Detento foge de presídio no Piauí ao se passar por preso que seria solto

Homem aproveitou o descuido da direção do presídio e usou dados do colega. Segundo Sinpoljuspi, erro só foi percebido um dia após a fuga do detento.

em 01 de fevereiro de 2017

Casa de Custódia em Teresina (Foto: Fernando Brito/G1)

Um detento fugiu da Casa de Custódia de Teresina no início da semana ao se passar por outro, que seria solto após decisão judicial. Segundo o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Piauí (Sinpoljuspi), José Roberto, o detento aproveitou um descuido da administração do presídio e usou nome e dados pessoais do colega para escapar da unidade.

“Foi um erro grotesco da direção do presídio, que só soube da fuga no dia seguinte porque o verdadeiro preso cujo nome estava no alvará de soltura se manifestou. A falha aconteceu a partir do momento em que se confere apenas com o próprio detento se os dados pessoais são os mesmos apresentados no documento de liberação, sem nenhuma identificação por foto”, comentou.

Preso saiu pela porta da frente após se passar por outro (Foto: Gustavo Almeida/ G1)

José Roberto explicou que durante o cumprimento do alvará de soltura, a administração consulta apenas no sistema da Justiça se o preso não responde por outro crime. Após a verificação, o diretor assina a liberação do detento e o agente de plantão verifica os dados do alvará com a ficha do presídio.

“O preso confirma para o agente apenas o nome completo, idade e nomes dos pais. Nesse caso específico, o detento não tinha nem identidade e sabia todos os dados do outro, além de estarem no mesmo pavilhão. Se tivesse uma foto, um sistema eletrônico que funcionasse, na mesma hora o servidor teria como confirmar a veracidade da informação, até porque os dois envolvidos têm fisionomias diferentes”, completou José Roberto.

A Secretaria de Justiça do Estado está investigando as circunstâncias em que se deu a fuga do preso. A secretaria informou que já acionou as forças de segurança pública, que iniciaram as buscas pelo foragido.

Para o presidente do Sinpoljuspi, a fuga de presos se passando por outro ocorre normalmente na Casa de Custódia. Ele revelou que em alguns casos, os presos fazem uma acordo amigável ou sofrem ameaça para fornecer o alvará de soltura para o outro.

O preso que escapou é considerado foragido da Justiça. Antes de sair do presídio, ele recebeu uma tornozeleira eletrônica, mas rompeu o monitoramento.

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