Mãe de advogada morta tentou criar álibi para esconder que filho assassinou a irmã, revela Polícia
Carmo Neto em 16 de fevereiro de 2021
O coordenador do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Francisco Costa, o Baretta, disse ao Cidadeverde.com que a mãe tentou criar um álibi para tentar atrapalhar a investigação e impedir que as suspeitas recaíssem sobre João Paulo Santos Mourão, apontado como o assassino da própria irmã, a advogada criminalista Izadora Santos Mourão, 41 anos. O crime ocorreu no fim de semana, na cidade de Pedro II, no interior do Piauí.
Baretta conta que foi necessário construir uma ‘linha do tempo’ para elucidação do caso. A própria família teria acionado uma faxineira para limpar marcas de sangue no quarto do suspeito que teria usado duas facas para matar a própria irmã.
“Requisitamos exames no local, lacramos a casa, requisitamos perícia de Teresina com papiloscopista, foi feita exame no quarto dele onde foi encontrado sangue, mesmo após terem lavado. A mãe disse para faxineira dizer que o suspeito estava dormindo no momento do crime e ele não estava. A história da vendedora de roupas foi inventada, nunca existiu. A partir das 6h do sábado (dia do crime) nenhuma pessoa entrou na casa”, explica Baretta.
Foto: Roberta Aline/ Cidadeverde.com
Ele conta que, mesmo após ser esfaqueada, a vítima ainda indicou quem seria o assassino.
“Mesmo nos últimos suspiros, ela ainda reuniu forças e saiu cambaleando, se arrastando e conseguiu indicar que o assassino estava dentro de casa e estava bem próximo”, conta Baretta sem revelar detalhes.
O delegado acrescenta que o suspeito usou duas facas, uma foi escondida na casa de uma tia.
Ao ser preso, João Paulo não confessou o crime. Investigação aponta que os irmãos tinham desavenças. O DHPP tem dez dias para concluir o inquérito policial.
Via Cidade Verde