Ministério Público de SP diz que PCC tem 103 presos no Piauí
O vice-presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Piauí (Sinpoljuspi), Kleiton Holanda, disse que a facção realmente tem um grande número de presos filiados no Piauí, mas que não sabe o número exato. Segundo ele, os agentes penitenciários encontraram, durante uma inspeção, um Estatuto do PCC.
Sarah Maia em 19 de janeiro de 2017
Um levantamento Feito Pelo Ministério Público de São Paulo aponta que a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) tem 103 presos no sistema penitenciário do Piauí, que possui 14 presídios. Segundo o levantamento, 33% dos integrantes do grupo estão nos presídios do Norte- Nordeste.
O vice-presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Piauí (Sinpoljuspi), Kleiton Holanda, disse que a facção realmente tem um grande número de presos filiados no Piauí, mas que não sabe o número exato. Segundo ele, os agentes penitenciários encontraram, durante uma inspeção, um Estatuto do PCC.
Kleiton Holanda afirma que a facção está fazendo uma espécie de ritual, um “batismo”, para que os presidiários do Estado, possam entrar no PCC. “Quanto ao número de presos filiados ao PCC, a gente não sabe, mas temos a convicção de que muitos presos ligados as facções atuam dentro dos presídios”, declarou.
Sobre o estatuto encontrado, Kleiton disse que o sindicato vai entregar a Secretaria Estadual de Justiça para que seja tomada as devidas providências, já que, segundo ele, existem vestígios e informações de que existem presos no Piauí ligados a facções criminosas.
O vice-presidente do Sinpoljuspi falou que um dos grandes nomes do PCC nacional, conhecido como “Filé”, estava preso no Piauí e fugiu em dezembro de 2014 da Casa de Custódia de Tersina.
“Essas facções estão promovendo aqui no Piauí, os famosos batismos, previstos em seus estatutos. O que seria? É agregar mais pessoas de facções, sendo que a maioria é do PCC, no sentido de que se fortaleça. O batismo é o convite, agregação do preso, que passa por uma sabatina de criminosos, para saber se pode ou não ingressar no grupo. Se for aceito, o preso vai ter que obedecer uma série de normas”, afirma.
Kleitn Holanda disse que nas penitenciárias do Estado atua o Primeiro Comando do Maranhão (PCM), que há um preso isolado na Casa de Custódia e que tem um grande poder de persuasão sobre os outros detentos. Ele também disse que o líder do PCM está querendo fortalecer o seu comando. “Esse preso fugiu com outros presos da prenitenciária de Pedrinhas, em São Luís (Ma), usando um caminhão”, fala.
Ele afirma que há também presos ligados ao Primeiro Comando de Campo Maior (PCCM)idios do Estado. Segundo ele, é uma facção muito conhecida e forte no Piauí, com grande poder de persuasão.
“No Piauí está sendo feito apenas o acompanhamento dos integrantes das facções que estão presos, mas fica difícil, pois estão dentro das celas participando de banho de sol com todos e aproveitam para fazer o convite de batismo para as suas facções.
Questionado, o secretário Estadual de Justiça, Daniel Oliveira, falou que não recebeu nenhum levantamento do Ministério Público de São Paulo sobre o número de presos do Piauí que são do PCC.
“É oficial essa informação? A Secretaria não tem essa informação, desconheço essa informação oficialmente”, declarou.
Fonte: Meio Norte