PF investiga policial militar suspeito de receptar produtos roubados no PI
Além da condução do militar, duas pessoas foram presas na quinta-feira (30).
Delegada diz que militar usava credibilidade da PM para convencer clientes.
Sarah Maia em 31 de março de 2017
Um policial militar foi conduzido coercitivamente pela Polícia Federal do Piauí sob suspeita de receptação e comercialização de celulares roubados em Teresina. O filho do PM e outra pessoa, suspeitos de praticarem assaltos, foram presos durante a Operação Reação, realizada na quinta-feira (30) em Teresina. A PF investiga uma quadrilha especializada em roubos de celulares e armas de fogo na capital.
Além das prisões e da condução coercitiva, os policiais cumpriram ainda dois mandados de busca e apreensão no bairro Buenos Aires, Zona Norte da capital. O policial e os outros dois presos foram levados à Delegacia de Repressão a Crimes contra o Patrimônio para prestar depoimento sobre o roubo da arma e do celular de um policial federal ocorrido no ano passado.
De acordo com a delegada Larissa Magalhães, as investigações guiaram a polícia a uma quadrilha que assaltava pessoas na rua e comercializava armas e celulares roubados, da qual o PM era responsável pela venda dos objetos.
Conforme a delegada, o policial vendia celulares sem nota fiscal e, usando a credibilidade da instituição que representa, conseguia convencer os clientes. “Ele utilizava a farda para dar lisura ao negócio”, disse a delegada .
Ela também ressaltou a importância da operação, pois descobriram que existe um significativo comércio ilegal com atividade lucrativa dos assaltos. “O trabalho foi fundamental para a execução do trabalho já que novos mandados ainda devem ser cumpridos”, finalizou.
A condução do policial foi acompanhada pelo corregedor da Polícia Militar, segundo o delegado Carlos Alberto. Em contato com a assessoria da Polícia Militar, a reportagem foi informada que o policial prestou depoimento à Polícia Federal e disse que não tinha conhecimento do roubo realizado pelo filho e vendeu o celular na loja da qual é proprietário, mas sem saber que se tratava de produto ilícito.
G1 PI