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PM usado como escudo humano em assalto na Cidade de Jaicós relatou momentos de pânico

Policiais compartilharam no WhatsApp o áudio de uma conversa por telefone entre o capitão Felipe, da companhia de Paulistana, e o policial Rubens, que foi mantido como refém e usado como escudo humano pelos criminosos

em 04 de agosto de 2015

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Policiais compartilharam no WhatsApp o áudio de uma conversa por telefone entre o capitão Felipe, da companhia de Paulistana, e o policial Rubens, que foi mantido como refém e usado como escudo humano pelos criminosos que assaltaram o Banco do Brasil da cidade de Jaicós, nesta madrugada. No áudio, toda ação é narrada e o PM conta sobre os momentos de pânico em que esteve no meio do fogo cruzado.

“Negócio aqui esteve aperriado, graças a Deus eu estou vivo, quatro homens, fortemente armados. Quando nós chegamos estava o carro deles, um Linea preta, em frente ao Banco do Brasil. E nós descemos ali pera rua, quando nos aproximamos da quadra o menino perdeu o controle da viatura, que subiu na calçada, bateu na parede e ali ficou. Eles atirando, e eu na porta do motorista. Dois tiros, um tiro pegou de um lado e um do outro. Sai por cima do banco, descemos, ficamos embaixo [sic]”, inicia o relato, do momento em que chegaram à cena do assalto.

O cabo comenta ainda que o grupo parecia ser de profissionais, já que nem mesmo as armas eles tinham a intenção de levar, pois souberam que daria prejuízo aos policiais.
“Eles disseram, vocês saem, deixam as armas, mãos pra cima, nós não vamos fazer nada com vocês, nós só quer o dinheiro do governo. Aí botou nós ali naquele paredão ao lado do Banco do Brasil, no Armazem do Povo (…) Eles queriam levar as armas, aí nós dissemos, rapaz não leva as armas não, que senão nós vamos pagar. Eles ‘ah, vocês paga, então não vamos levar, vamos soltar lá na frente’, e soltaram, deixaram as armas. Só uma pistola que os meninos não estão encontrando [sic]”, relata.

A informação de que as armas foram liberadas surpreende o capitão Felipe, bem como a informação sobre o poderio em armas que os acusados portavam. “Eles tudim, eu acho que era de 556 pra lá. Era arma potente, era metralhadora potente mesmo. Encapuzados, de colete, de jaqueta, tudo. Diseram ‘nós não quer estas armas de vocês, nós tem arma [sic]”, conta o policial.

O capitão questiona ainda sobre o sotaque dos acusados, todos seriam pernambucanos.

Após o assalto, alguns policiais foram usados como escudo humano e ficaram em meio ao fogo cruzado. “Quando eles terminaram o assalto, aí foi bala, bala meu amigo. Eles pegaram nós, e botaram na frente deles, e nós gritando, rapaz é a polícia, não atira. E atirando… e nós deitamos no chão, e eles não queriam que a gente deitasse, era pra ficar em pé. Aí concluindo, me pegou e botou em cima do capô. E os meninos atirando, a polícia mesmo, atirando contra nós, no sentido do banco e nós na frente dos bandidos. E com a gente em cima do capô saiu ali por aquela rua do Banco do Brasil, aí soltaram umas armas no balão, e eu em cima do capô, eles passaram em cima do quebra mola faltou pouco pra eu cair. Aí me soltaram depois do posto (…) graças a Deus nós estamos vivo”, conta, dizendo que os bandidos mandaram ele correr, que deixariam as armas.

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SOBRE O ASSALTO
O município de Jaicós, distante 365 km da capital Teresina, viveu momentos de terror na madrugada desta terça-feira (04/08), após ser invadida por um bando fortemente armado, prontos para assaltar a agência do Banco do Brasil. A ação teve início por volta das 2h e teria demorado aproximadamente uma hora.

O vigilante de uma empresa de segurança que atua na cidade relatou que foi rendido enquanto fazia rondas em uma rua no Centro, próximo ao banco, e levado até a frente da agência. Três suspeitos estavam fora da agência, fortemente armados.

A viatura da Polícia Militar, que também fazia rondas e seguia em direção ao banco, foi recebida a tiros. O motorista perdeu o controle do veículo e subiu sobre a calçada da Cooperativa. No veículo e na parede ficaram as marcas de tiros, que demonstram a violência com que agiram os assaltantes. Os três militares que estavam na viatura também foram rendidos e tiveram as armas e celulares tomados.

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Enquanto o vigilante e os policiais eram feitos reféns na frente do banco, outros agiam no interior da agência. Pessoas que moram nas proximidades relataram ter ouvido três explosões e muitos tiros. Os bandidos não explodiram os caixas de autoatendimento, mas o cofre da agência.

De acordo com o vigilante, somente no banco eram oito homens fortemente armados. Eles deixaram a agência levando sacos, possivelmente com dinheiro, as armas dos policiais e um militar como refém, que foi obrigado a sentar sobre o capô do carro. O refém levado pelos ladrões foi o cabo Rubens.

O bando saiu atirando por onde passou. Eles foram vistos fugindo em um veículo modelo sedan de cor escura, pela BR 407, no sentido à cidade de Patos do Piauí.
Moradores relataram que haviam integrantes do bando em diversos pontos da cidade. Foram efetuados diversos tiros nas proximidades da Delegacia, da Companhia de Polícia e das residências de autoridades policiais.

 

Policiais de Jaicós e das cidades da região foram acionadas em estão em busca aos ladrões. Segundo informações, o carro utilizado na ação, um Fiat Línea Preto, foi abandonado no povoado Maria Preta, na divisa dos municípios de Jaicós e Patos do Piauí. O cabo Rubens, militar levado como refém, foi liberado junto com as armas dos policiais.

Fonte: 180 graus

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