Transplante entre mãe e filho de Monsenhor Hipólito gera comoção em hospital de Teresina
Carmo Neto em 26 de outubro de 2021
Lidiane Alencar Bezerra é mãe de Francisco Iago Bezerra Oliveira, 20, estudante de direito, que sofria de graves problemas renais há 8 anos e precisou passar por um transplante.
A família é de Monsenhor Hipólito e estava tentando realizar o procedimento no Recife, depois de receber a notícia de que havia um doador não vivo compatível.
Durante o processo de verificação da compatibilidade entre doador e receptor, necessária ao procedimento, descobriram que tanto a mãe, Lidiane, quanto o pai, Francisco Luciano da Silva Oliveira, eram compatíveis para salvar a vida do filho e que poderiam fazer o transplante em Teresina.
Na rede privada, o Hospital Primavera do Sistema Unimed Teresina é que realiza esse procedimento de alta complexidade no Piauí e já soma 15 transplantes desde fevereiro de 2019.
A decisão de que seria a mãe a dar uma nova vida ao filho foi tomada em família.
Ao receber alta, os profissionais de saúde que acompanharam os pacientes se despediram com aplausos e homenagens.
“Acima de tudo, quero agradecer a minha mãe, por ter tirado uma parte de si para que eu continuasse a minha vida da melhor forma possível. Daqui pra frente, é vida nova – comemorou Iago, de mãos dadas com a mãe, sua doadora.
Segundo o médico nefrologista Avelar Alves, responsável pelo transplante, o procedimento ocorreu tranquilamente, sem nenhuma intercorrência, e Francisco Iago recebeu alta 6 dias após a cirurgia, no dia 19 de outubro.
“Ele vai precisar agora de um acompanhamento regular, com visitas ao médico no mínimo duas vezes por semana nos próximos três meses. Agora, vai levar uma vida mais normal possível: voltar a trabalhar, voltar a estudar” – explica Dr. Avelar.
Avelar reforça a importância da doação de órgãos e de o familiar comunicar a família sobre essa decisão, pois hoje há muitos pacientes em programas de hemodiálise, situação na qual o transplante se configura como a melhor terapia para salvar vidas, segundo o especialista.
“A doação é um ato de amor, então, é importante que se dialogue com os familiares, que se mostre, se manifeste ser um doador de órgãos. Que a família saiba que você é um doador para que depois se sinta à vontade em atender a esse pedido” – reforça o médico.
Fonte: Unimed