Suspeito de matar estudante riu e disse que tiro foi “efeito colateral”, relata delegado
Carmo Neto em 14 de fevereiro de 2023
Atualizada às 8h15, de terça-feira (14)
O coordenador do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Francisco Baretta, deu detalhes na manhã desta terça-feira (14) do conteúdo dos depoimentos dos três suspeitos do latrocínio da estudante de medicina Flávia Cristina Wanzeler Sampaio. Segundo o delegado, a dinâmica e participação de cada um deles já foi esclarecida.
Foram presos Francisco Emanoel Santos Gomes, conhecido como Biel; Denilson Weviton Santos Nicolau, o Ceará; e Antônio Cleison Barbosa da Silva, conhecido como Macapá.
Segundo o delegado, um dos pontos que chamou atenção nos depoimentos é a frieza de Biel, apontado como autor do disparo que matou a estudante.
“No depoimento, o Ceará disse que quando o Biel efetuou o disparo ele questionou, dizendo que não havia necessidade de ter atirado. Ele [Biel] começou a sorrir e disse que aquilo era apenas ‘efeito colateral”, relatou o coordenador do DHPP.
O delegado Baretta também destacou a participação que cada um dos suspeitos teve no crime.
“O Biel estava com um revolver calibre 38 e efetuou o disparo, o Ceará estava com um simulacro e um disfarce na cabeça, e o Macapá estava dentro do carro, na espreita”, disse o delegado.
As investigações também apontaram que o casal foi abordado no momento que procurava um local para almoçar, nas imediações da Avenida Homero Castelo Branco, na zona Leste da capital.
“Os depoimentos se harmonizaram com as informações anteriores. O casal foi interceptado. Eles iam numa marcha lenta, porque estavam decidindo onde iam almoçar, quando foram interceptados pelos meliantes. O rapaz quando viu tentou uma fuga, dando uma ré no carro. Nesse momento que ele tenta desvencilhar, encosta o Biel do lado do motorista e efetua o disparo que atinge o ombro esquerdo da Flávia e penetra o coração dela”, relatou Baretta.
Fonte: Cidade Verde
